Ser Benfiquista


SLB VERMELHÃO

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O NOVO BENFICA


Os adjectivos escasseiam para classificar a pré-época do Benfica. A euforia assentou arraiais nas bancadas da Luz. As vitórias nos torneios sucederam-se e culminaram na vitória de sábado à noite na Catedral sobre o AC Milan para a Eusebio Cup.

Tudo isto é verdade, mas será que chega para aquilo que verdadeiramente importa: o título de campeão nacional de futebol? Os críticos e os adeptos de outros clubes dizem que o Benfica é sempre o campeão da pré-época, num registo de sarcasmo e de ironia.

No fundo, estão, talvez sem o saberem, a denunciar medo, receio e espanto. Com efeito, esta questão do Benfica estar sempre em alta no defeso é uma “mentira de perna curta” que os mentores da propaganda anti-benfiquista gostam de nos colar para nos tentar menorizar.

Pelo contrário, o Benfica quase nunca foi galvanizador na pré-época. Fosse em futebol jogado, fosse como protagonista de telenovelas intermináveis para a contratação de jogadores que, no final, ou não chegavam ou iam aterrar em clube rival.

O Benfica campeão da pré-época é uma lenda que precisa de ser veementemente desmentida. Lembro-me bem de uma apresentação aos sócios, em pleno mês de Agosto, com o Real Madrid de Figo, de Zidane, de Roberto Carlos, que levou à Luz um pouco menos de 40 mil pessoas.

Sábado, foram quase 63 mil. Contra o Atlético de Madrid tinham sido 57 mil. O que dá uma média de 60 nos dois únicos jogos (particulares) na Luz, até agora. É obra. E não é obra do acaso.

A euforia, a paixão, o entusiasmo, não nasceram do acaso. A equipa comandada por Jorge Jesus tem merecido a extraordinária adesão dos sócios e adeptos. Está criada uma empatia poucas vezes vivida na Luz com tanta intensidade.

A equipa puxa pelos adeptos e os adeptos puxam pela equipa. No meio de todo este vulcão de que não se conhece ainda toda a dimensão estão dois homens: Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus. O primeiro percebeu há muito que o actual treinador era o homem certo no lugar certo.

O segundo trouxe para o Benfica aquilo que o Benfica sempre foi mas que escolhas menos acertadas estavam a delapidar aos poucos: um clube de fato-macaco, à imagem da sua história; não um clube de smoking; um clube de mangas arregaçadas, não um clube de discurso bonito mas ineficaz; um clube do povo; não um clube de pseudo-elites iluminadas.

É este clube do povo, mais que nunca personificado na personalidade “siamesa” de Vieira e Jesus, que vive a onda de euforia que se sente em cada jogo. Não tanto pelas vitórias, nem pelos torneios conquistados, mas por um regresso às origens que culminará com o cumprir de um destino histórico: Campeões!



novobenfica - blog

Sem comentários:

Enviar um comentário

Antes de escrever, fica já avisado que todo e qualquer comentário que vise obscurecer o nome do Benfica, esse comentário será apagado.
Deixe sempre que possivel o nome e email

O VERMELHÃO